sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Justiça inocenta soldados grevistas. E agora, Binho?

Deu no Blog da AMEAC - www.ameac.blogspot.com

A vara da Auditoria Militar do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), responsável por apuração de crimes cometidos por militares, mandou arquivar o processo de motim e revolta, movido pelo Comando da Policia Militar contra a manifestação dos policiais militares por melhores salários e condições de trabalho, ocorrida no dia 4 de maio do ano passado. O juiz substituto Gustavo Sirena entendeu que os militares não cometeram crime durante o ato público.
O episódio ganhou notoriedade quando o governador Binho Marques Classificou o movimento como “baderna” e representantes do Ministério Público concederam entrevistas afirmando que os militares envolvidos poderiam ser condenador a até 20 anos de cadeia e perda da função.Na ocasião, policiais militares e bombeiros se concentraram em frente ao Gabinete Civil do governador pedindo uma audiência com o chefe de Estado, para tratar das reivindicações trabalhistas, que não haviam sido atendidas em reuniões com assessores.
Durante o processo foram ouvidos mais de 100 militares. Inicialmente, o tenente Coronel Moreira foi o oficial encarregado do Inquérito Policial Militar - IPI, sendo que ele concluiu que não havia indícios de crime, no entanto o Comando da PM discordou do resultado e o caso foi encaminhado para a Vara da Auditoria Militar do Ministério Público Estadual (MPE) e do Tribunal de Justiça. O promotor da Auditoria Militar pediu o arquivamento processual, por falta de indícios, e o juiz acatou o pedido.
Para o Major Wherles Rocha, um dos lideres da manifestação, o arquivamento do representa uma conquista da categoria, que na época foi bombardeada de criticas pelas autoridades. “Isso foi uma vitória para todos os militares, pois algumas autoridades julgavam que os militares não tinham os direitos garantidos a todos pela Constituição Federal, e confundiam o militarismo com escravidão”, desabafou o major.
O major afirmou que a decisão demonstra que os policiais militares também são livres para reivindicar melhorias, afinal também são integrantes de um regime democrático. “Essa decisão coloca em descrédito as pessoas que negaram os direitos dos militares. Fomos chamados de baderneiros e ameaçados com cadeia e perda da função por uma simples manifestação. Agora foi feito justiça”, finalizou o militar.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Os teréns do homem castrado

Era boquinha da noite, e a zuada da Manduquinha ainda aperreava as ôiças da mundiça do Bosque, entupido de curiosos que se aglomeravam na Rua Alvorada pra saberem das últimas. Afinal, naquela tarde, mesmo, um homem havia sido castrado por membros de uma conhecida seita religiosa, que descobriram saliência entre os seus seguidores.O Vigilante Andirá - que acabou mais conhecido por Piripirí - era o mais policialesco dos programas de rádio.
Tinha à frente o voluntarioso e dinâmico repórter Pedro Paulo Menezes de Campos Pereira, cabra perspicaz e que era um faz-tudo da TV Acre, para onde foi na primeira hora, para comandar programas de auditório, de esportes e, claro, fazer a cobertura policial para o Jornal do Acre, no tempo em que penico tinha tampa.
Barruada de carro, queda de avião, reclamação popular sobre rua esburacada...tudo virava manchete na cobertura abalizada de Campos Pereira. Avalie um crime tão bárbaro, uma castração! Era um c. cheio, outro sangrando.
Quando correu o boato de que a família amarrou o cabra na carroceria da picarpe, levou para a estrada e extraiu os documentos dele, a equipe de reportagem azulou no rumo do Quarto Distrito e, dalí, começou o intenso trabalho de Jornalismo Investigativo de Campos Pereira.
Às oito da noite, Jota Simplício e Nilda Dantas estavam a postos para apresentarem - ao vivo - o Jornal do Acre e naquele dia, e nunca mais, a televisão mostrou "detalhes" tão minuciosos de um crime.
Numa síntese dos fatos que formam as notícias, Campos Pereira exibiu os criminosos, fotos e familiares do castrado, que fora a óbito, claro! - e, dentro de um tubo de vidro, embebidos em álcool, os...os teréns do defunto.


MINIDICIONÁRIO DE ACREANÊS
BOQUINHA DA NOITE - Final de tarde ZUADA - Barulho MANDUQUINHA - Viatura da Polícia ÕIÇAS - Ouvidos VIGILANTE ANDIRÁ - Programa da Rádio Novo Andirá TEMPO EM QUE PENICO TINHA TAMPA - Passado remoto BARRUADA - Batida; colisão AVALIE! - Imagine!; quanto mais UM C. CHEIO, OUTRO SANGRANDO - Fartura; abundância PICARPE - Caminhoneta; DOCUMENTOS - Genitálias AZULOU - Correu JOTA SIMPLÍCIO - José Simplício, apresentador do antigo Jornal do Acre NILDA DANTAS - Radialista, jornalista, escritora, que era parceira de Simplício TERÉNS - Bagos; testículos

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Dilma, Azambuja ou Cauby?


O Blog do Calixto ( O deputado estadual) postou notinha sobre a relação simbiótica desses três personagens da foto.

Irreconhecíveis- cada um mais mudado que o outro- os dois engravatados a gente bem conhece, e reconhece de cara. Mas, mesmo que lembre algum momento de Elis Regina, Dilma parece uma mistura de Paulo Maurício Azambuja ( imortal tipo de Chico Anysio) com o cantor Cauby Peixoto.

Irré-ré!

Conceição, eu me lembro muito bem!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

www.ac24horas.com

Aeronáutica confirma risco de acidente no Aeroporto de Rio Branco

Iluminação da pista estava apagada durante pouso, pilotos tiveram que arremeter. Departamento de Controle Aéreo promete apurar o que ocorreu

Pilotos e passageiros do voo 1908, da Gol Linhas Aéreas, procedente de Brasília, tomaram um susto na madrugada do último domingo, 08. Chovia muito no momento que a aeronave se aproxima da cabeceira para pouso, quando os pilotos perceberam que a iluminação responsável pela sinalização da pista, estava apagada.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Prejuízos do Apagão

O Chaumas, proprietário da Sorveteria homônima, uma das melhores de Rio Branco, me disse que um motor de seus frízeres queimou e que, somado ao que perdeu de sorvetes, polpas etc que derreteram durante o Apagão de ontem, estima em R$ 2 mil seus prejuízos.
Para um pequeno comerciante,um , único entre milhares de vítimas da irresponsável transição do sistema elétrico do Acre, imagine- se o que a parca e tímida economia Florestânica sofreu nesta sexta- feira.
Depois das velhas desculpas de papel de jornal, ninguém fala mais sobre isso, pelo menos até o próximo blecaute.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Agora vai!

APAGÃO AQUECE MERCADO DE FRIOS NO ACRE

Xico deBrito – De Vilhena
Devido ao pouso de uma arara de oposição num fio do Linhão nas imediações de Vilhena, o mercado de picolé e raspadilha teve grande aquecimento, e até os presuntos do IML tiveram um queima na manhã de ontem em Rio Branco.
As ações da Sorveteria Chauma´s fecharam em alta, com o picolé de Skol sendo chupado a R$ 0,75. O dindin trabalha em viés de alta em Feijó e, devido ao forte calor provocado pela inexistência de um plano alternativo de geração de energia no Estado mais escuro para se morar na Amazônia, o dióxido de carbono despejado pelos reeducandos da RBTrans cooperou para o congestionamento do trânsito e a temperatura chegou a 48 graus Celso (Mateus)no frigorífico da “ fábrica de aves” do Gunverno, em Brasiléia.
Segundo o Sistema de Comunicação Animal, os produtores e comerciantes de pescados podem fazer ruma na porta da Eletroacre segunda- feira que vem, pois haverá distribuição de senhas para desembarque dos estoques de peixe podre na porta daquela empresa.
Outro setor que, segundo a ACESA – Aporrinhação das Companhias de Eletricidade S/A, foi beneficiado pela falta de energia foi o comércio de lamparinas, candeeiros e velas em geral. A poronga chegou a ser cotada em R$ 100,00 no final da tarde.
A situação, no Acre- disse um diretor da Eletrobrás que não quis se identificar temendo represálias, não foi tão ruim assim. “Pior foi no Guarujá, em São Paulo! Um surto de diarréia atingiu quase toda a população”, disse. O caso está sendo chamado pela Imprensa de Acagão.

SUCESSÃO 2010


quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

AH! SE FOSSE AQUI!

Deputados baianos terão de retirar propaganda eleitoral antecipada de outdoors e busdoors
As deputadas federais Lídice da Mata (PSB) e Alice Portugal (PC do B) e o deputado estadual Javier Alfaya (PC do B) têm 48 horas pra cumprir a determinação
O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) acolheu as representações protocoladas pela Procuradoria Regional Eleitoral na Bahia (PRE/BA) contra as deputadas federais Lídice da Mata (PSB) e Alice Portugal (PC do B), contra o deputado estadual Javier Alfaya (PC do B) e seus respectivos partidos por propaganda eleitoral antecipada; e determinou, por meio de uma liminar expedida no último dia 29, que os representados retirem todas as propagandas veiculadas irregularmente em outdoors e busdoors na capital baiana em um prazo de 48 horas, sob pena de multa diária de R$ 1 mil para cada um. Os três representados utilizaram outdoors ou busdoors para veicular mensagens de fim de ano que, no entendimento do procurador regional eleitoral Sidney Madruga, apesar de não apresentarem um pedido explícito de voto, todas revelam-se com o objetivo de alavancar pretensões políticas para a próxima eleição. Neste caso, desrespeitavam o artigo 36 da Lei nº 9.504/97, o qual prevê que a propaganda eleitoral somente é permitida após o dia 5 de julho do ano da eleição.Deputados baianos terão de retirar propaganda eleitoral antecipada de outdoors e busdoors7/1/2010 12h30
As deputadas federais Lídice da Mata (PSB) e Alice Portugal (PC do B) e o deputado estadual Javier Alfaya (PC do B) têm 48 horas pra cumprir a determinação
O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) acolheu as representações protocoladas pela Procuradoria Regional Eleitoral na Bahia (PRE/BA) contra as deputadas federais Lídice da Mata (PSB) e Alice Portugal (PC do B), contra o deputado estadual Javier Alfaya (PC do B) e seus respectivos partidos por propaganda eleitoral antecipada; e determinou, por meio de uma liminar expedida no último dia 29, que os representados retirem todas as propagandas veiculadas irregularmente em outdoors e busdoors na capital baiana em um prazo de 48 horas, sob pena de multa diária de R$ 1 mil para cada um. Os três representados utilizaram outdoors ou busdoors para veicular mensagens de fim de ano que, no entendimento do procurador regional eleitoral Sidney Madruga, apesar de não apresentarem um pedido explícito de voto, todas revelam-se com o objetivo de alavancar pretensões políticas para a próxima eleição. Neste caso, desrespeitavam o artigo 36 da Lei nº 9.504/97, o qual prevê que a propaganda eleitoral somente é permitida após o dia 5 de julho do ano da eleição.

ABESTALHAÇÃO PURA

Por Redação Yahoo! Brasil
O padre Adelir Antônio de Carli ganhou o prêmio "Darwin Awards" como a morte mais estúpida de 2008. Ele morreu em abril daquele ano, ao tentar fazer uma viagem de quase 200 quilômetros suspenso por balões de gás hélio. Foi premiado só agora porque os americanos criadores da "homenagem" não haviam tido conhecimento de sua história antes da premiação de 2008. Ironicamente, dá para dizer, portanto, que é um prêmio "In Memorian."O "Darwin Awards" é uma sátira, um reconhecimento aos que, segundo seus criadores, ajudam a evolução da espécie ao fazerem coisas realmente estúpidas - e que, obviamente, não podem ser imitadas por outro mortal. O nome do prêmio é uma referência a Charles Darwin, autor da teoria da evolução. Os autores do site se referem à empreitada frustrada do brasileiro como uma "visita do padre ao chefe". O pároco desapareceu enquanto tentava ir de Paranaguá a Ponta Grossa. A distância entre as duas cidades paranaenses é de 180km. O corpo dele foi encontrado dois meses depois em Maricá (RJ), a mais de 900km do local de partida. Seu último contato foi por um celular via satélite. Ele queria saber como operar o aparelho de GPS. A morte do padre foi considerada mais estúpida que a do italiano Ivece Plattner, que foi atropelado por um trem enquanto tentava salvar seu Porsche. Em 2009, o prêmio foi para dois ladrões belgas, que morreram ao subestimar o poder dos explosivos que arrumaram para abrir o cofre de um banco. Na explosão, todo o prédio desabou e eles morreram soterrados. Chamou a atenção o carro que tinham para a fuga: um BMW. Aparentemente, nem eram pobres. Precisavam mesmo roubar um banco? Em segundo lugar ficou um americano que estava "morrendo" de vontade de urinar após algumas cervejinhas. Preso no trânsito, desceu do carro para tirar aquela água do joelho. E caiu de uma altura de mais de 20 metros, já que estava sobre uma ponte. A terceira morte mais estúpida foi a de uma americana que tentava salvar sua mobilete de uma enchente. Ela já havia sido resgatada por um policial, mas voltou para a água na tentativa de resgatar a motinha que tanto gostava. Morreu afogada.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

ARIANO E O FORRÓ

'Tem rapariga aí? Se tem, levante a mão!'. A maioria, as moças, levanta a mão. Diante de uma platéia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, de todas bandas do gênero). As outras são 'gaia', 'cabaré', e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam). Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade.
Pra uma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas bem representativas destas bandas. Não vou nem citar letras, porque este jornal é visto por leitores virtuais de família. Mas me arrisco a dizer alguns títulos, vamos lá:Calcinha no chão (Caviar com Rapadura),Zé Priquito (Duquinha), Fiel à putaria (Felipão Forró Moral), Chefe do puteiro (Aviões do forró), Mulher roleira (Saia Rodada), Mulher roleira a resposta (Forró Real), Chico Rola (Bonde do Forró), Banho de língua (Solteirões do Forró), Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal), Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada), Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca), Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró), Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró). Esta é uma pequeníssima lista do repertório das bandas.
Porém o culpado desta 'desculhambação' não é culpa exatamente das bandas, ou dos empresários que as financiam, já que na grande parte delas, cantores, músicos e bailarinos são meros empregados do cara que investe no grupo. O buraco é mais embaixo. E aí faço um paralelo com o turbo folk, um subgênero musical que surgiu na antiga Iugoslávia, quando o país estava esfacelando-se. Dilacerado por guerras étnicas, em pleno governo do tresloucado Slobodan Milosevic surgiu o turbo folk, mistura de pop, com música regional sérvia e oriental. As estrelas da turbo folk vestiam-se como se vestem as vocalistas das bandas de 'forró', parafraseando Luiz Gonzaga, as blusas terminavam muito cedo, as saias e shortes começavam muito tarde. Numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, o diretor do Centro de Estudos alternativos de Belgrado, Milan Nikolic, afirmou, em 2003, que o regime Milosevic incentivou uma música que destruiu o bom-gosto e relevou o primitivismo estético. Pior, o glamour, a facilidade estética, pegou em cheio uma juventude que perdeu a crença nos políticos, nos valores morais de uma sociedade dominada pela máfia, que, por sua vez, dominava o governo.
Aqui o que se autodenomina 'forró estilizado' continua de vento em popa. Tomou o lugar do forró autêntico nos principais arraiais juninos do Nordeste. Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenômeno lamentável, e merecedor de maior atenção. Quando um vocalista de uma banda de música popular, em plena praça pública, de uma grande cidade, com presença de autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem 'rapariga na platéia', alguma coisa está fora de ordem. Quando canta uma canção (canção?!!!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois rapazes (ao mesmo tempo), e o refrão é: 'É vou dá-lhe de cano de ferro/e toma cano de ferro!', alguma coisa está muito doente. Sem esquecer que uma juventude cuja cabeça é feita por tal tipo de música é a que vai tomar as rédeas do poder daqui a alguns poucos anos.