segunda-feira, 8 de junho de 2009

DESSENAMADUREIRIZANDO RONDÔNIA

Deu n’O Globo

O Ministério Público Eleitoral (MPE) reconheceu haver evidências de captação ilícita de sufrágio e abuso de poder econômico durante a campanha do governador de Rondônia, Ivo Cassol (sem partido), nas eleições de 2006. O MPE ratificou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o pedido cassação dos diplomas de Cassol e de seu vice, João Aparecido Cahulla, nas alegações finais no recurso.

O documento, assinado pelo procurador-geral eleitoral, Antonio Fernando Souza, cita os depoimentos de cinco testemunhas, confirmando que funcionários de uma empresa de vigilância que prestava serviços para o governo de Rondônia teriam sido abordados, durante o período eleitoral, com propostas para votarem no candidato Ivo Cassol e em outros três nomes, em troca de R$ 100. Segundo os depoentes, para a formalização do "negócio", os vigilantes teriam sido obrigados a assinar contratos de prestação de serviços - apelidados de contratos "formiguinha".

Já o inquérito da Polícia Federal confirmou, por meio da quebra de sigilo de funcionários da empresa de vigilância autorizada pela Justiça, que centenas de depósitos de R$ 100 foram feitos em agências do Banco do Brasil, entre a tarde do dia 28 e a manhã do dia 29 de setembro de 2006 - uma semana antes do dia das eleições, ressaltou o Ministério Público em seu parecer. A investigação possibilitou, ainda, a identificação dos responsáveis pelos depósitos e suas ligações com o então senador Expedito Júnior e com o governador Ivo Cassol.

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