Tudo o que o governador Binho Marques não precisava está prestes a acontecer: mães,esposas, filhos e familiares de soldados e bombeiros militares se já estão juntando panelas, fogareiros, mala e cuia para um inusitado acampamento em frente ao Quartel da corporação, e por tempo indeterminado.
Ao ser solto ontem de manhã e, recebido por familiares, amigos, soldados e simpatizantes na porta do xadrez, depois desfilar em carreata pelo Centro de Rio Branco, o Major Werles Rocha foi levado ao Comando. Pelo procedimento legal interno, foi- lhe cobrado que explicasse como se fez a manifestação. Werles disse que não tinha nada a declarar, mas assinou o “Deveis Informar”, documento que e usado para justificar conduta militar internamente. Werles devolveu o documento em branco.
Regimentalmente, o “deu calado por resposta”é interpretado como confissão de culpa, segundo fontes próximas ao Comandante Coronel Romário Célio. A nova prisão de Werles é só questão de tempo.
Fontes do movimento dos militares por salários e melhores condições de trabalho garantem que uma busca de solução negociada para os impasses nas negociações entre a AMEAC e os assessores do Governo deixou de ser a prioridade, dando vez a reação às prisões e retaliações contra líderes, como o Major Werles Rocha,que até liderar a tropa sempre foi considerado servidor exemplar.
O Major emagreceu 5 quilos – um por dia- tratado como meliante – preso em regime que os soldados classificam como ultrajante a um membro da Polícia Militar, criado de última hora por Portaria do Comando para tentar intimidar o oficial e adeptos ao movimento.
Na PM também se comenta que os gestos feitos pelo Governo dão certeza de que pressionam Werles Rocha e seus liderados de modo a justificarem suas expulsões e que, se isso ocorrer, além de não ficarem mais sujeitos, portanto, ao Regimento Disciplinar Militar, Werles Rocha pode confirmar candidatura a deputado, mas antes revelar segredos que abalariam irremediavelmente o Comando e o Governo.
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